Na noite desta segunda-feira, 21 de abril, a Catedral de Santo Antônio, em Duque de Caxias (RJ), recebeu um momento de profunda comoção e fé. Fiéis e membros do clero se reuniram para rezar o Terço Mariano e participar da Santa Missa em sufrágio pela alma do Papa Francisco, que faleceu na madrugada do mesmo dia, aos 88 anos.
A celebração foi presidida por Dom Tarcisio Nascentes dos Santos, bispo da diocese, que emocionou os presentes ao recordar o legado deixado pelo pontífice argentino. Em sua homilia, Dom Tarcísio ressaltou a marca indelével que Francisco deixou na Igreja e na humanidade:
“Através de suas palavras e gestos, Francisco nos ensinou a beleza de uma Igreja pobre para os pobres, a urgência do cuidado com a Casa Comum e a importância da sinodalidade como caminho para viver a comunhão, a participação e a missão. Seu testemunho de fé, simplicidade e serviço marcou profundamente a vida da Igreja e de toda a humanidade.”
A missa foi permeada por um clima de oração, gratidão e esperança. Os fiéis, comovidos, prestaram suas homenagens ao Papa que conquistou corações ao redor do mundo com sua proximidade, humildade e firmeza diante dos desafios do século XXI.
Um pontificado de transformação
Jorge Mario Bergoglio nasceu em Buenos Aires, Argentina, em 17 de dezembro de 1936. Tornou-se o 266º Papa da Igreja Católica em 13 de março de 2013, adotando o nome Francisco em referência a São Francisco de Assis. Foi o primeiro papa jesuíta e também o primeiro latino-americano a ocupar o trono de Pedro.
Seu pontificado foi marcado por uma intensa defesa dos pobres, da justiça social e da ecologia integral. Reformador da Cúria Romana e defensor incansável da sinodalidade, Francisco propôs uma Igreja em saída, próxima das periferias existenciais e geográficas. Também promoveu o diálogo inter-religioso e destacou o papel dos leigos na missão evangelizadora.
Última mensagem: a vitória da esperança
Na véspera de sua morte, o Papa deixou ao mundo sua última mensagem durante a tradicional bênção Urbi et Orbi, no Domingo de Páscoa (20 de abril). Em um pronunciamento que ressoou ainda mais forte após sua partida, proclamou:
“Jesus, o Crucificado, não está aqui; ressuscitou! O amor venceu o ódio. A luz venceu as trevas. A verdade venceu a mentira. O perdão venceu a vingança.”
Em meio ao luto pascal, a Igreja se despede de um pastor que fez da alegria do Evangelho o centro de seu ministério. Seu legado permanece vivo no coração de milhões.
Obrigado, Papa Francisco. Descanse em paz.